CNAc/Matobra perde com Lousada Séc. XXI com arbitragem polémica

No passado sábado o CNAc/Matobra deslocou-se até ao Norte para defrontar o Lousada Séc. XXI, numa partida referente à 6ª jornada do Campeonato Nacional Masculino da 2ª divisão de pólo aquático. O jogo revelava-se de extrema importância para ambas as equipas pois colocava frente a frente o terceiro e o quarto classificados do campeonato.
No início do primeiro período a equipa de Lousada mostrou-se mais organizada e por isso entrou melhor em campo, marcando o primeiro golo por volta dos dois minutos de jogo. Em contra partida, o CNAc/Matobra não foi capaz de aproveitar as várias situações de superioridade numérica para dar a volta ao marcador, pelo que, no final do período o marcador registava 2-1 para a equipa visitada.
O segundo período foi um pouco parecido com o primeiro mas com as equipas a desempenharem o papel contrário, pertencendo à equipa de Coimbra a melhor exibição. Esta mudança deveu-se a um ajuste na defesa, principalmente nas situações de inferioridade numérica, e a uma maior eficácia no ataque. O resultado ao intervalo era então de 3-3, o que se justificava perfeitamente face ao equilíbrio entre as duas equipas. Neste segundo período surgiu também um aspecto que não se tinha verificado até então. A equipa de arbitragem fez questão de demonstrar que é necessário maior rigor na formação dos árbitros de pólo aquático. De outra maneira não se percebe porque é que para situações de jogo idênticas se utilizam critérios de arbitragem diferentes. Faltas no pivot susceptíveis de expulsão, grandes penalidades por marcar e, após uma falta ordinária, o jogador faltoso afastar a bola impedindo o adversário de marcar a falta de imediato, foram algumas das muitas situações que os árbitros simplesmente deixavam passar em branco ou utilizavam critérios diferentes.
Confrontado com esta situação, o CNAc/Matobra entrou no terceiro tempo empenhado em disputar o jogo sem cometer muitas faltas e tentando jogar com as adversidades que haviam surgido no período anterior. No entanto, a dualidade de critérios adoptada pelos árbitros persistiu e a equipa da casa facilmente conseguiu afastar-se no marcador. Com um parcial de 4-1, o Lousada Séc. XXI passou então para a liderança do marcador com uns favoráveis 7-4.
No quarto e último período, o CNAc/Matobra, resignado com o que se estava a passar, desde cedo demonstrou que ainda tinha uma palavra a dizer. A equipa de Coimbra poderia perder o jogo, mas tal não aconteceria por falta de esforço ou empenho dos seus atletas. No entanto, esta atitude, mais emotiva do que racional, de nada valeu aos visitantes. Apesar do resultado ainda ter estado pela diferença de um golo, o parcial de 4-4 permitiu aos Lousadenses ganhar o jogo com o resultado final de 11-8.
Para o técnico do CNAc/Matobra, Lírio Branco, “Mesmo não levando os três pontos para Coimbra, os meus atletas saíram vitoriosos de Lousada. Conseguimos acabar o jogo com nenhum jogador sujeito a castigo federativo, pelo que poderei contar com todos para as próximas jornadas. Não posso culpar os árbitros pela derrota, apenas posso lamentar que não haja um maior rigor na formação e uma constante avaliação dos mesmos. Só desta maneira poderia ter a certeza que os árbitros apitariam não como queriam mas sim como foram ensinados”.
As equipas alinharam com os seguintes jogadores:
Lousada Séc. XXI: Nuno Teixeira (Cap.), Diogo Tristão, Carlos Ferreira, Tiago Alves (1), João Alves, Hugo Barbosa (1), José Cunha (7), Bruno Ribeiro, Romeu Tavares, Pedro Costa, Paulo Moreira, Emanuel Santos, Ricardo Teixeira (2). Treinador: Carlos Soares;
CNAc/Matobra: Fernando Filho, João Caetano (1), José Pereira (1), Tiago Aranha, Hugo Abade (2), Eduardo Gonçalves, Carlos Oliveira, André Baptista, Ricardo Mota (Cap.) (2), José Baptista, António Morais (2), João Rodrigues e Gonçalo Almeida. Treinador: Lírio Branco.