segunda-feira, agosto 13, 2007

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Notícia no Norte Desportivo:

"PÓLO
JANJO MORREU EM ACIDENTE DE VIAÇÃO



Joaquim Sousa

João Rodrigues, guarda-redes do CNAC, faleceu na madrugada do passado domingo na sequência de uma colisão verificada na A1, na zona de Santarém.
Natural de Coimbra e residente na zona da Solum, Janjo, como era carinhosamente conhecido, teve morte imediata num acidente que envolveu três viaturas (um pesado de mercadorias e dois ligeiros de passageiros), cerca das 3h00, numa zona em obras da auto-estrada, no concelho de Santarém, no sentido sul/norte, ao quilómetro 89.
O atleta conimbricense, de 19 anos, que era estudante de Bioquímica na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, viajava no banco traseiro de uma viatura em que seguiam ainda os seus pais, o seu irmão e uma tia, que sofreram ferimentos ligeiros. O seu pai, também João Rodrigues, é dirigente da secção de pólo aquático do CNAC, enquanto o seu irmão, Bernardo Rodrigues, é jogador do CDUP/Liberty.
No local do acidente estiveram 22 bombeiros das corporações de Pernes e Santarém (voluntários e municipais), com sete viaturas, e uma equipa da Viatura Médica de Emergência e Reanimação.
O trânsito esteve cortado durante algum tempo para as operações de socorro, desobstrução e limpeza da via, que ficaram concluídas cerca das 04h30.
O funeral realizou-se em Coimbra na terça-feira e juntou muitas individualidades ligadas ao pólo aquático português.

Bruno Pita: “Sempre com um sorriso na cara”
Bruno Pita, treinador do CNAC entre 2000 e 2005, era dos que melhor conhecia João Rodrigues. Visivelmente emocionado, o técnico quis deixar, a O NORTE DESPORTIVO, algumas palavras sobre o jovem jogador: “Janjo era como o João era conhecido entre os mais próximos e no cais da piscina. Durante anos estivemos juntos, toda a semana, e todos os fins-de-semana. Em treinos ou jogos era impossível ver o Janjo triste. Na água tanto gritava de alegria com as vitórias, como sofria com as derrotas, mas sempre com um sorriso na cara. Puro, humilde, companheiro e amigo. O «puto» Janjo era assim. Hoje (terça-feira), deixei-lhe a minha bola de pólo aquático. Esta bola acompanhou-me em todos os nossos jogos, mais de 150. As maiores alegrias e tristezas num campo de pólo aquático estão marcadas em cada gomo dessa bola. Quando a pousei sobre a sua morada final pensei: o árbitro não foi justo nesta grande penalidade que te marcou! Um pedaço de mim ficou ali, um pedaço de cada colega de equipa que o conheceu ficou certamente também ali. Um treino, um jogo, uma piscina já não poderá mais ser vista da mesma forma.
Quatro pistas, duas balizas e uma bola eram o nosso ponto de encontro. Na nossa memória ficarás marcado e recordado para sempre, alto, magro a rir e com o teu gorro número um na cabeça! A ti Pi e Bernardo, ao senhor João e dona Margarida, as palavras não são suficientes, mas em meu nome e de todos, os actuais e ex-atletas de pólo aquático do CNAC, aqui deixo o nosso ultimo grito: Grita CNAC”.
Em nome do jornal O NORTE DESPORTIVO, quero deixar aqui as minhas condolências à família enlutada, especialmente ao meu amigo Bernardo e companheiro de equipa e ao pai João Rodrigues, um dirigente exemplar no pólo aquático português."